Caetano Veloso, ilustrando o seu descontentamento diante de uma metrópole que fugia totalmente aos padrões que conhecia do interior baiano e da própria Salvador, usou o mito de Narciso para expressar sua primeira impressão para com a cidade de São Paulo nos versos da música ‘Sampa’:
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"[...]
Quando eu te encarei
Frente a frente
Não vi o meu rosto
Chamei de mau gosto o que vi
de mau gosto o mau gosto
É que Narciso acha feio
o que não é espelho
E a mente apavora o que ainda
Não é mesmo velho
Nada do que não era antes
[...]”
Nas últimas semanas a Secretaria de Educação de Belo Jardim, assim como seu Secretário (este que vos escreve), têm sido alvos de críticas as mais diversas e, após uma reflexão bastante sóbria, resolvi me pronunciar sobre alguns fatos. Bem poderia fazê-lo de forma institucional, entendo, mas resolvi voltar a utilizar meu Blog como ferramenta de comunicação, sempre e quando os ataques forem de ordem pessoal (ainda que disfarçadas).
Os belo-jardinenses elegeram João Mendonça como Prefeito e a este, somente, pertence a prerrogativa de nomear e exonerar secretários. Dele recebi a missão de conduzir a Secretaria de Educação nos rumos planejados e programados pela atual administração e, de forma contundente, elevar os índices educacionais do nosso município.
Como fazer? Num passe de mágica? Não. Será preciso muito esforço e dedicação para elevar os índices sem atropelar os seres humanos envolvidos. E é essencial envolve-los. E isso só se faz com diálogo.
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Vi, através de redes sociais, alguns comentários sobre uma ‘paralização’ do transporte de estudantes por falta de pagamento. Afirmo que qualquer um que disser que não recebeu está faltando com a verdade. Não há um único dos queixosos sem receber os dias trabalhados no mês de fevereiro. As queixas se dão, entre outros motivos, pelo fato de que os condutores entendem que os valores pagos POR QUILÔMETRO RODADO estão defasados. Que seja. Assim, devemos sentar para um entendimento. Estou errado? Entendo que não é possível sentar para conversar sobre valores enquanto estudantes ficam sem transporte. Assim, já providenciamos substitutos nas rotas que foram ABANDONADAS e, com estes, sentaremos para acertar valores. É com diálogo que se resolve.
Ainda assim, alguns continuarão queixosos, pois não é possível que “Huguinho, Zezinho e Luizinho” façam o mesmo percurso em horários distintos, como o mesmo tipo de veículo e cada um receba um valor diferente, que chegue a dobrar em relação ao outro. Quanto a este tratamento diferenciado (que eu chamaria de apadrinhamento), não terão. Receberão o justo por um serviço devidamente prestado. Nem mais, nem menos. E isto se chama ZELO pelo dinheiro público.
Pessoas atingidas por atitudes como esta ficarão satisfeitas e jogarão flores sobre o secretário? Não.
E por que alguns estão dizendo que não receberam? Porque não têm a coragem de vir a público falar a verdade: querem privilégios. Assim, fica mais fácil mentir.
Escrito por Nilton Senhorinho
Blog Vamos Falar Mais